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terça-feira, 11 de maio de 2010

LOUVOR ,SÓ LOUVOR

Leitores, postei uma poesia que uso naqueles momentos em que você é convidado em cima da hora para recitar, ou seja, aquela poesia de "bolso". Linda, rápida e mensageira.




LOUVOR, SÓ LOUVOR


Myrtes Mathias
Hoje não te escrevo, Senhor,

Para um pedido; quero que seja apenas só louvor:

Como o canto de um passarinho,

Como o rio que no leito corre,

Como o botão que se transforma em flor.



Um poema que se faça hino,

E qual incenso chegue a teus pés:

Nem pedido, nem queixa, nem voto, Senhor,

Mas louvor ao Deus grande que és.



Como és grande, Senhor, como és grande!

Muito além do que eu posso cantar:

Mais que o verde de todas as matas,

Que a areia de todas as praias,

Do que todas as águas do mar.

Mais que todo este mundo de estrelas

Que cintilam no azul lá do céu,

Mais que as flores de mil primaveras

É a tua grandeza, meu Deus.



Como és grande, Senhor, como és grande!

Em cuidado, bondade e poder;

Quando falha todo o recurso

É que a alma começa a entender.

Quando todas as portas se fecham,

E até a esperança se vai,

Só há uma frase que fica nos lábios:

“Deus é grande, é bom e é Pai.”

A ti, pois, trino Deus, toda a glória,

Deus Pai, Filho e Consolador;

Que todo joelho se dobre,

Proclamando que és o Senhor.

E que todas as vozes se elevem

Em louvor, só louvor, só louvor!....

quarta-feira, 5 de maio de 2010

COMO CITAR O NOME DO AUTOR E DA POESIA


O nome do autor da poesia, jamais deverá ser esquecido, a não ser que a poesia seja de sua autoria. Nesse caso basta dizer “de minha autoria” e o nome da poesia.



Ao iniciar a declamação diga primeiro o nome do autor, e em seguida o tema da poesia, pausadamente, logo quando o fundo musical começar. Por exemplo:


“De Myrtes Mathias” Reencontro.

Quando o conheci era jovem demais para saber amar.....



Primeiro cite o nome do autor, depois o tema , e inicie a recitação da poesia.



Algumas poesias podem ser adaptadas, como por exemplo, os gêneros das palavras, do feminino para o masculino, e vice-versa, assim:



No texto original consta:



Eu estando fragilizada......( Aqui está claro que o texto é de autoria de uma poetisa)



Se você for um declamador, é claro que irá declamar fragilizado.



Esses tipos de adaptação não necessitam serem citadas no início da poesia, apenas as mais relevantes, as quais me reportarei em outro artigo em breve.



Deus abençoe os declamadores e poetas evangélicos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Poesia "Retrato de Mãe" - ótima para declamar mês que vem!



RETRATO DE MÃE

Dom Ramon Angel Jara


Uma simples mulher existe, que

Pela imensidão do seu amor, tem um pouco de Deus;

e pela constância de sua dedicação, tem muito de Anjo;

Que, sendo moça, pensa como uma anciã;

Sendo velha, age com toda força da juventude;

Quando ignorante, sabe desvendar melhor que qualquer sábio

os segredos da vida;

Quando sábia, assume a simplicidade das crianças;

Pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que a amam;

Rica, empobrece-se, para que seu coração não sangre

ferido pelos ingratos...

Forte, estremece ao choro de uma criancinha;

Fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões;

Viva, não lhe sabemos dar valor ,

Porque à sua sombra todas as dores se apagam;

Morta, tudo que somos e tudo o que temos

Daríamos para vê-la de novo e dela receber um aperto de seus braços e uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que eu diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas este álbum, porque eu a vi passar no meu caminho.

Quando crescerem seus filhos leia para eles esta página, e eles lhes cobrirão de beijos e abraços, e lhes dirão que um pobre viajante, na ocasião de uma suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A DICÇÃO E VOZ.


Dois elementos que devem estar bastantes treinados e educados são a dicção e a voz. Segundo o dicionário Michaelis,dicção seria: "maneira de dizer considerada quanto à conveniência dos termos, quanto à sua disposição gramatical e quanto à pronúncia".

Pois bem, vejam que em se tratando de declamação de poesias, a dicção e a voz devem andar juntas. As palavras devem ser corretamente e bem pronunciadas e entonadas, com o intuito do ouvinte entender perfeitamente cada uma delas.

Existem técnicas de dicção que possibilitam a boa pronúncia, aprendi que as palavras  terminadas com ar, er, ir, as es, is, as  e as que contém  sa, se, si, so, su devem ser bem ditas e abertas, pois facilitam sua compreensão.

Nós declamadores devemos dar vida as palavras, por isso é importante identificarmos no texto de cada poesia a ser declamada, qual a melhor maneira do tom da voz.

Particularmente, procuro associar a dicção, o tom da voz e os gestos a cada frase a ser declamada. As frases que envolvem interrogação devem ser ditas de maneira diferente das que trazem uma exortação. Assim como as que trazem alegria, devem estar acompanhadas de um sorriso.

Boa Páscoa a todos os leitores e que Deus nos abençoe.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Recente Fotos Declamando Enquanto Coral Cantava


Recitei recentemente no dia 21/03/2010, o poema "Enquanto o coral cantava" de Myrtes Mathias  na Assembléia de Deus em Goiânia.  Essa poesia tem 4 minutos e foi acompanhada com o fundo musical  "The rose" na flauta de pam de Gheorghe Zamfir. A emoção e a unção do Espírito Santo contagiou a congregação, quando essas palavras sobre a volta de Cristo eram recitadas com profunda inspiração divina.

Leiam, decorem e recitem essa poesia, ela já foi postada aqui, vejam no marcador "poesias do meu repertório."

quarta-feira, 24 de março de 2010

Fotos da declamação da poesia "O Eterno Natal",em 25/12/1992 e "Enquanto o Coral Cantava" em setembro de 1993.

Eu declamando a poesia "Eterno Natal " de Daria Gláucia, no natal de 24/12/1992, aos 17 anos, iniciando minha carreira de declamador. Recitava para minha saudosa e adorável Vovó Nazareth Filgueiras, folheando uma Bíblia grande, na Igreja Adventista do 7º Dia Central de Boa Vista-RR. Leiam a poesia:

O ETERNO NATAL
                                 Daria Gláucia

      Abro o livro, vovó, aquele livro que você lia com ternura infinda, e na mesma ansiedade de criança, releio a velha história do natal....
     E lenta, lentamente, vovozinha, as páginas virando, vou sentindo de longa antiguidade, muito além, um perfume sutil, que vem surgindo das campinas floridas de Belém... e sobe, pelo ar, suavemente, perdida nas distâncias das alturas, um murmúrio de vozes, vozes danjos, rasgando a espessa paz dessas planuras, e, no fundo, da noite constelada, vejo subir...
__doce visão de luz, a lâmpada de Deus _estrela linda pra clarear a choça de Jesus!
   Agora vovozinha, o livro fecho, mas vejo o mundo __ livro colossal, as velhas folhas denegridas, sujas das poeiras das guerras e do mal, por séculos esparsas como levadas por um vendaval!
   Mas eu tenho, vovó, tenho esperança, com a mesma fé dos tempos infantis, que o mundo inda será um livro novo, todinho de gravuras e paisagens de rútilo matiz.
    E trago ao coração uma certeza que atravessou comigo toda a infância pura e sem igual:
__Um dia a divina criança de Belém pequena se fará mais uma vez, para caber em cada coração... na luz infantil da estrela santa levaremos nalma esta alegria, quais sininhos da noite festival; e, no mundo de Deus, linda tão linda, será eterna festa de NATAL !


Eu declamando a poesia "Enquanto o Coral Cantava" de Myrtes Mathias, em setembro de 1993, Palácio da Cultura, Boa Vista-RR.

segunda-feira, 22 de março de 2010

VAMOS DECLAMAR PARA JESUS!!!!!

Prezados leitores!




Primeiramente, quero agradecer ao poeta Sammis Reachers, pela entusiasta divulgação do meu blog no seu recente post.



Atenção, convido a todos poetas, declamadores e admiradores da poesia evangélica, que nos unamos num manifesto de resgate da declamação das poesias nos cultos. Essa nobre arte, que toca a alma, através das palavras que falam de amor, verdade e salvação em Cristo Jesus.



Nesse último final de semana, vivi uma rude experiência, quando fui convidado a declamar uma poesia num culto de uma igreja local, mas não citarei o nome da congregação, por questão de bom senso. Era um culto dirigido por jovens, uma espécie de noite de louvor, onde cantaram e tocaram várias bandas, e acreditem, pasmem! O culto terminou e o Pastor chegou para mim e disse que:” infelizmente a juventude não permitiu a poesia, pois as bandas tinham muitas músicas para serem apresentadas”. Realmente foi uma grave insensibilidade e indelicadeza, o que demonstra a falta de interesse, ou quem sabe de conhecimento dessa juventude cristã atual, pelas mensagens poéticas.



Não quero aqui culpar ninguém, mas quero evidenciar que, existe em nossas igrejas a falta de divulgação e sobretudo a ausência de prestígio para com a arte da declamação.



Vamos declamar para Jesus!!!!

sexta-feira, 19 de março de 2010

A IMPORTÂNCIA DE UM FUNDO MUSICAL .

Um bom fundo musical, na hora de declamar uma poesia é de vital importância.

Eu sempre utilizei música instrumental nas minhas recitações, eis que dão um toque especial de serenidade e requinte para a declamação do poema ou poesia.
Tenho mais preferência às músicas instrumentais com piano, violino ou flauta. A flauta de pan é maravilhosa, suavizante e empolgante.

Recitar sem um fundo musical torna a declamação um pouco cansativa e sem emoção, principalmente para quem ouve.O volume do som do fundo musical, não deve ser muito alto, nem muito baixo, deve ser de maneira que não sobressaia a voz do declamador.

Ao escolher um fundo musical, procure verificar se o tempo da música consegue ser igual ou maior ao tempo da sua declamação, senão, correrá o risco da música acabar e você ficar recitando sem o som do fundo musical.

Atualmente, tenho utilizado música instrumental com "flauta de pan" do músico romeno, Gheorghe Zamfir, o qual pode ser encontrado no site do youtube.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Poesia "Enquanto o Coral Cantava" de Myrtes Mathias.

Conforme eu havia prometido, segue abaixo, uma das primeiras poesias que declamei, e considero uma das minhas prediletas.


ENQUANTO O CORAL CANTAVA



                                                                                             
Enquanto a música enchia o templo,

Eu vi o Rei.

Vestido de majestade, coroado de honra,

Um cetro de poder e glória na mão,

Ele voltava.



Livre dos sapatos e dos preconceitos,

Da doença e da fadiga.

Feliz, como uma criança que se atira

Na direção do Pai__ depois de uma ausência

Que só fez maior o amor e a necessidade de ver__ eu corria

No meio da multidão, que erguia palmas brancas

Em saudação Àquele que voltava.



Lá estavam Livingstone, Carey, Bratcher,

Corinto, Miranda Pinto...

Lá estavam os vultos frágeis,

Ana de Ava, Nomei Campelo, Caíta,

Lotie Moon...

Os missionários de todas as raças.

Os grandes que se fizeram pequenos,

Os pequenos que a fé tornou gigantes:

Bagby, Taylor, D.Chiquinha,

que eu conheci quebrando coco babaçu, para o sustento da obra que eles começaram.

Lá estavam D. Maria e D. Carmem

__um corpo perfeito no lugar daquele que a lepra deformara.

Lá estavam Darito e os companheiros de enfermaria que ele levara a Cristo, livres do balão de oxigênio.

E do terrível clima de segregação.

Lá estavam meus amigos cegos, com os olhos enormes de luz e expectativa;

Meus priminhos mudos, entoando mais alto que todos, o canto de vitória e gratidão.

Livres de grades e de cadeiras de rodas, lá estavam muitos que eu conhecera prisioneiros da doença e do pecado. Lá estava meu irmão que Deus levou tão cedo.

Lá estavam os mártires de todas as épocas, do tempo dos césares e das cortinas de ferro

e de bambu .

Lá estavam homens de pele escura e alma cor de neve; índios de brilhantes cabelos, crianças de todas as raças, cantando hosanas como na entrada triunfal de Jerusalém.

Lá estavam os meninos do Tocantins, os barqueiros do São Francisco, a gente do Araguaia, os colonos da Transamazônica, que se haviam tornados súditos do Caminho maior.

Num milagre sem explicação a multidão de mil cores, que entoava hinos em mil línguas e dialetos.

Era absolutamente igual, no sentimento que fazia de todos, uma só corrente de alegria, formada por mil elos de amor.



Eu disse que todos estavam lá?

Não sei. Parece-me que havia lacunas na multidão e no coração do Rei. Muitos estavam ausentes, presos a cuidados terrenos, deixando a escola suprema

para um amanhã inexistente,

Oferecendo a Momo um último holocausto,

Como se fosse possível

Servir a dois senhores,

Abraçar o mundo, sem desprezar o Rei.



E foi assim, enquanto o coral cantava,

Que pude sentir o quanto amava o Rei,

O quanto meu coração agradecia,

Por estar entre os salvos;

Por chamá-lo pelo nome que Madalena usou quando o reconheceu:

__Voltaste, Raboni ! Aleluia!

Bem –vindo sejas, meu Senhor, meu Deus!

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segunda-feira, 15 de março de 2010

BREVE HISTÓRICO DA MINHA CARREIRA DE DECLAMADOR

Comecei a declamar quando tinha 17 anos, na Igreja Adventista do 7º Dia, em Boa Vista-RR, isso foi no ano de 1992.

O interesse pela poesia foi despertado em mim, quando vi minha mãe, Pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular, recitar a poesia “Enquanto o Coral Cantava” da saudosa Myrtes Mathias, (hoje eu declamo essa poesia, é uma das minhas preferidas). Logo após, vi um pastor declamando um poema do Mario Barreto França, na época, achei fascinante a arte da declamação.

A primeira poesia que eu recitei foi da Myrtes Mathias, Cantai poetas e estrelas..., publicada no livro Há um Deus em tua Vida.
Desde então, comecei a me identificar com a obra da Myrtes Mathias, e passei a declamar vários de seus poemas, seguem os quais: Reencontro, Louvor só Louvor, Secretário de Jesus Cristo, entre outros.Também ousei recitar a obra de Mario Barreto França e Gióia Júnior. No dia das mães, dia dos pais, Natal e Ano Novo, as minhas recitações passaram a ser presenças obrigatórias nesses cultos.
Houve um momento memorável, quando recitei a poesia  "O Eterno Natal" de Daria Gláucia, em 24/12/1992, no palco da Igreja, com a presença de minha saudosa avó paterna Nazareth Filgueiras.

Atualmente estou organizando o meu repertório de poesias decoradas, o qual pretendo postar nesse blog.
Pretendo com o ministério da declamação: ministrar cursos, recitar poesias onde for convidado, em cultos e congressos com o intuito de pregar o amor de Deus e a sua salvação.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Movimento liderado pelo Poeta Evangélico Noélio Duarte deseja resgatar poesias

Resgatar a poesia evangélica. Este é o sonho de muitos que apreciam a arte que, entre as décadas de 60 e 80, fazia parte da liturgia dos cultos. Quem conheceu aquela época sabe que o momento era ansiosamente aguardado pelos poetas e pelo público evangélico - fã incondicional da poesia. Essas mesmas pessoas referem-se à falta de espaço em igrejas e de incentivo das editoras nos dias atuais.

O escritor e professor Noélio Duarte, que é membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, tem se empenhado em trazer de volta a poesia evangélica que, para ele, ficou num compasso de espera muito grande ao longo desses anos. "No passado, tivemos uma grande vertente através de nomes como Myrtes Mathias e Gióia Junior, poetas já falecidos. Depois dessas perdas, ficamos quase dez anos sem nenhum lançamento evangélico nessa área. Por isso, as editoras entenderam que a poesia não era literatura vendável", afirma.

Um dos fatores que contribuíram para que a poesia perdesse espaço entre os evangélicos foi o baixo índice de leitura. No final de 1997, diante desse quadro, Noélio entendeu que alguma coisa precisava ser feita: "Comecei um movimento e reuni poetas evangélicos. Entrei em contato com eles e recebi muitos textos", diz, ressaltando que, ao longo desses anos, já produziu 21 livros, dos quais 12 são poesias evangélicas.

Poucos sabem, mas existe um movimento chamado Associação Profissional dos Poetas do Rio de Janeiro que, de acordo com seu presidente, Sérgio Jerônimo, muito tem contribuído para a difusão da poesia. Pensando em criar a Associação Profissional dos Poetas Evangélicos do Estado do Rio de Janeiro (APPEERJ), um movimento similar à APPERJ, mas voltado aos poetas evangélicos, Noélio tem deflagrado uma iniciativa em função desse sonho. Segundo ele, a proposta pode contribuir, e muito, para o fortalecimento da poesia evangélica. "Dentro da literatura cristã, a poesia representa 0,5% daquilo que se é produzido. Mas a poesia evangélica existe, é bonita e tem tudo para decolar". Nomes Inesquecíveis da Poesia Evangélica

Quem foi contemporâneo de Gióia Junior sabe que este é um nome inesquecível. Pastor batista, foi também jornalista, político, professor universitário e poeta. Conseguia, como poucos, o equilíbrio em suas poesias, tornando-as acessíveis ao grande público. Pouco antes de sua morte, em 1996, escreveu seu maior sucesso, Orações do Cotidiano.

Outro nome que desperta elogios é o de Myrtes Mathias. Para ela, ser poetisa era um dom de Deus, por isso sempre afirmava: "O dom deve ser utilizado para a glória de Deus". Muitos trabalhos da "poetisa dos batistas brasileiros" eram escritos com o tema missões. Esse amor por missões era grande e a levou a atuar em Tocantínia (TO), como missionária. Por problemas de saúde, não pôde permanecer no campo, mas através de seus poemas continuou envolvida. Myrtes faleceu em cinco de julho de 1996, e sua última poesia - "Todos precisam saber" - inspirou a letra do hino oficial da Campanha Missionária daquele ano.




Fonte: http://www.elnet.com.br/canais_interna.php?materia=2905

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Onde estão as poesias?

Vejam esse artigo publicado no site jornalpalavra.com.br em ano 9 n. 102 ano 2004,que relata a ausência de poesias nos cultos evangélicos na atualidade.

Poetas evangélicos reclamam da falta de oportunidade durante os cultos e interesse das editoras do mercado gospel


Diane Duque
editorialjp@terra.com.br

Um jogo de palavras bem empregado, sensibilidade, técnica, entres outros pontos, são ingredientes para uma poesia. Se é rara a poesia na literatura brasileira moderna, nos teatros e nas praças, que dirá nas igrejas. Isto não significa que grandes poetas e poetisas não existam mais. A queixa unânime de poetas e do público evangélico que admira a poesia refere-se à falta de espaço em igrejas e de incentivo das editoras. Muitos autores de renome das décadas de 50 a 70 continuam a escrever poemas inspirados, mas não têm mais onde declamá-las, mesmo durante os cultos. No passado, a poesia não só era declamada, como fazia parte da liturgia das igrejas.

Quem conheceu aquela época, sabe que Gióia Júnior é um nome inesquecível. Pastor batista, foi também jornalista, político, professor universitário e poeta. Conseguia como poucos o equilíbrio em suas poesias, tornando acessíveis ao grande público. Pouco antes de sua morte, em 1996, escreveu seu maior sucesso, Orações do Cotidiano.

Jéferson Magno, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil (Aelb) e pastor das Assembléias de Deus no Rio de Janeiro, conta que há algum tempo as poesias estavam entre os momentos mais esperados dos cultos, pois existiram grandes poetas evangélicos. Para ele, a falta de declamações se deve a vários fatores, entre eles o surgimento de novos talentos, o pouco espaço oferecido pelos pastores e o pequeno interesse de editoras. Na atual fase pós-moderna, isso torna o declamar uma atividade cada dia mais difícil.

- A poesia já foi um costume nacional, quando a televisão não era uma forte concorrente. Por outro lado, alguns poetas se renovaram tanto que perdeu-se o vínculo com o público. Hoje, apenas universitários e amantes das poesias consomem este tipo de literatura. Uma sugestão seria a realização de concursos de poesias para despontar novos talentos, dá a dica.

Jéferson já publicou diversos livros, além de poesias. Logo que começou a escrever, ganhou um segundo lugar em um conceituado concurso Compoe (concurso de poesias evangélica) realizado pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus, prova de como eles são importantes.

O idealizador e realizador desse do concurso que dirigia na época a CPAD era Joanyr Oliveira, concorda com o pastor Jéferson da falta do incentivo das editoras e vai além.

- É um circulo vicioso, as editoras dizem que não há público e por isso não publicam poesias e os leitores não compram porque não tem disponível no mercado, analisa.

Joanyr tem 71 anos e mora em Brasília há 42, é pastor da Assembléia de Deus na capital do país. Não foi por acaso que o nome dele foi citado por todos entrevistado desta matéria, como grande poeta evangélico. Joanyr Oliveira e Gióia Júnior são os únicos nomes de poetas evangélicos mencionados na Grande Enciclopédia Delta Larouesse, que trás os nomes dos maiores poetas da literatura brasileira. Além de dirigir a CPAD ele também foi vice-presidente da Sociedade Bíblica do Brasil. Quando deixou o Rio para trabalhar em Brasília, pois passou num concurso público, Joanyr não deixou as poesias e organizou a coletânea "Poetas de Brasília", primeiro livro editado na nova Capital.

Eliude Marques que também foi revelada no concurso, escreveu sua primeira poesia aos 14 anos. Aos 23, lançou o livro Primícias do Meu Jardim. De 1978 até 2003, Eliude chegou a vender 65 mil exemplares de seus livros. Seus poemas, peças e músicas são utilizados em igrejas do Brasil e do exterior. A poetisa já teve encomendas da China, Canadá e Estados Unidos, entre outros paises.

Formada em Relações Públicas, Eliude é membro do Clube de Escritores Evangélicos, em Recife, e também professora de seminário e declamadora.

Mesmo com toda falta de espaço para a poesia, Gerusa Ferraz Silva, da Assembléia de Deus (Ministério do Belém, SP), tem conseguido algum espaço para declamar poemas de sua autoria e de outros grandes poetas. Faz aulas de declamação com Maria Sylvia, um nome singular entre os declamadores do Brasil e que também deu aulas à atriz Regina Duarte.

- Declamar não é uma tarefa fácil. Exige muita dedicação e estudo, pois não basta somente ler a poesia. É preciso passar a alma do poeta, mudar os tons da voz, interpre tar o texto. É uma responsabilidade muito grande passar a obra de um poeta para outras pessoas, explica Gerusa.

Maria Sylvia não é evangélica, mas conhece Gióia Júnior e disse que os poucos poemas que conhece, escritos por poetas evangélicos tocam o coração. - O poema de Gióia manda um recado maravilhoso espiritual. A poesia evangélica tem mensagens profundas. O principio de qualquer poesia é alimentar a alma -, comenta a declamadora que luta para que a declamação seja reconhecida na literatura brasileira como uma arte.

Assim como o pastor Jéferson, Gerusa acredita que faltam novos talentos. Para tentar incentivar as crianças, ela criou um projeto beneficente. Reunindo poetas, declamadores, músicos e cantores, a poetisa realiza apresentações em escolas e igrejas.

pastor Jeferson, venceu concurso
Gerusa faz aulas de declamação e deseja expandir a poesia com projeto
Joanyr de Oliveira: enciclopédia

Por amor à poesia

Ah... não deixa morrer essa poesia
Que chega dentro d´alma devagar
Deixa que flua como um rio. Cria!
Foi Deus quem veio para te inspirar.

Canta o amor com versos de alegria,
Chora a tristeza que tens de chorar,
Mas, derrama tua alma na poesia,
Não deixa a inspiração hoje passar.

Os homens, as mulheres e as crianças
Sonham ternura e vivem de esperanças,
Cantam e choram e têm ideais.

Repassa, em prosa ou verso, à humanidade
A experiência que é tua verdade,
E serás imortal entre mortais.

Dicas e macetes para Declamar Poesias

Atenção !! Declamadores veja esse artigo que foi publicado no site recantodasletra.uol.com.br, sobre a arte de declamar.

DECLAMAÇÃO DE POEMAS

A poesia é uma das mais completas formas de expressão artística.
Ela nos fala de sentimentos, de acontecimentos, de pessoas, de lugares, enfim nos fala de conhecimentos.
A declamação é a verbalização ou interpretação da poesia, ou seja: o declamador dá voz ao autor da poesia.
Ao pretender declamar, uma pessoa tem que tomar alguns cuidados, sem os quais corre o risco de cometer erros, que podem comprometer a qualidade artística de seu trabalho.

ESCOLHA DO POEMA
O primeiro cuidado que o declamador deve ter é com relação à escolha do poema. Se o mesmo estiver na 1ª pessoa do singular ou do plural, deve ser compatível com a situação do declamador: sexo e idade.
COMPREENSÃO
O declamador deve compreender perfeitamente o que está dizendo, isto é conhecer o poema, saber o que significa cada termo do poema, bem como sua correta pronúncia. Também dever entender a pontuação, para poder fazer as pausas adequadamente. É comum ver-se um declamador recitando um poema verso a verso, quebrando o sentido da frase, ou da expressão.
MEMORIZAÇÃO
Memorizar um poema, não é apenas decorar os seus termos. È recomendável que a memorização ocorra simultaneamente com a interpretação. Outro detalhe importante é a memorização gradual, ou seja, memoriza a 1ª estrofe, depois a 2ª, antecedida da 1ª, depois da terceira, antecedida da 1ª e das 2 ª e assim sucessivamente. A tentativa de memorização simultânea de todas pode ocasionar o esquecimento de parte de parte e daí não saber como continua.
POSTURA CÊNICA
Por postura cênica entende-se a gesticulação que deve acompanhar a recitação do poema. Os gestos não devem ser muitos, nem exagerados, devendo ser coerentes.
INTERPRETAÇÃO
É na interpretação que o declamador tem a oportunidade de mostra a sua arte. A interpretação deve ser comedida, porém não pode ser pobre.
IMPOSTAÇÃO DE VOZ
Impostação de voz é do que a interpretação de um poema, sob o aspecto da voz. Deve ser observado com muito cuidado o texto, para não se dramatizar passagens neutras, ou não apresentar de maneira neutra passagem dramáticas.
IDENTIFICAÇÃO DO POEMA
Necessariamente tem de ser indicados o nome de seu autor e o titulo do poema , antes de iniciar a declamação. Porém não os dizer já declamando.
AGRADECIMENTO
Alguns declamadores ao terminar sua interpretação acrescentam agradecimentos ou a expressão!”Tenho dito”. Não cabe. Para indicar que terminou sua recitação o declamador deve usar um pequeno estratagema, que pode ser diminuir o tom da voz, levantá-lo, se couber, fazer um gesto de cabeça ou de mãos.

“A poesia para mim é uma segunda pele...declamar é vida “
Nara Elizene Porto Alves - Declamadora



ALVES
Publicado no Recanto das Letras em 27/10/2008
Código do texto: T1250846
 
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